TRANSPORTE DE ÓRGÃOS

Esquadrão Tracajá transporta cinco órgãos de Santarém a Belém (PA)

Em uma operação que cada segundo e cada detalhe importam, a FAB demonstrou mais uma vez a capacidade de apoiar a sociedade brasileira onde ela precisar
Publicada em: 08/04/2024 10:02
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Fonte: 1º ETA, por Tenentes Gobi e Chaves
Edição: Agência Força Aérea

O Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1°ETA) - Esquadrão Tracajá - transportou, no dia 04/04, um fígado, dois rins e duas córneas a bordo da aeronave C-95 Bandeirante, da cidade de Santarém para Belém, ambas no estado do Pará. Em uma operação na qual cada segundo conta e cada detalhe importa, a Força Aérea Brasileira (FAB) demonstrou mais uma vez a capacidade de apoiar a sociedade brasileira onde ela precisar.

Esta missão foi significativa porque marcou o primeiro transporte de fígado realizado de forma conjunta entre a Santa Casa de Belém e a FAB, representando um avanço significativo na capacidade de atendimento e tratamento médico na região.

Além dos órgãos em si, o Esquadrão também transportou uma equipe composta por profissionais de saúde. O cirurgião responsável pelo transplante de fígado da Santa Casa de Belém, Rafael Garcia, comentou sobre a importância do apoio da FAB. “Desde que foi iniciado o programa de transplante de fígado da Santa Casa, esse foi o primeiro com o apoio da Força Aérea Brasileira, que conseguiu viabilizar essa logística, pois, de outra forma, o órgão não seria usado devido à baixa quantidade de voos para a cidade de Santarém”, disse. 

Para o piloto da aeronave, esta missão transcende o simples ato de transporte: trata-se de proporcionar esperança, solidariedade e potencializar o poder transformador da generosidade humana. “É uma honra muito grande realizar uma missão com essa proporção, que mostra o nível de dedicação e responsabilidade que um Oficial deve ter. Saber que contribuímos para salvar vidas e oferecer esperança às famílias é uma sensação indescritível”, comentou o Tenente Aviador André Luís Botelho Vieira.

A Lei nº 9.175/17 dispõe sobre órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano para fins de transporte e tratamento, e ainda prevê que a FAB deve manter uma aeronave sempre disponível para cumprir missões dessa natureza, em atendimento às demandas do Ministério da Saúde.

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) conta com o apoio da FAB para transportar equipes médicas de coleta, que conseguem se mobilizar em menos de duas horas para buscar o órgão e levar ao receptor em qualquer lugar do Brasil. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é responsável pelo planejamento de missões dessa natureza. De acordo com dados da Organização Militar (OM), fígados e corações são as cargas mais comuns de transporte de órgãos realizados pela Força Aérea.

A FAB já transportou mais de 2.000 órgãos para transplante. Saiba mais sobre as missões de TOTEQ aqui.

Fotos: Tenente Gobi e Sargento Lisboa  / 1º ETA